RÁDIO CONCHA // download

A Rádio Concha, o Jogo

A Rádio Concha propõe um jogo de carta-testemunho para compor o ciclo de criação desse projeto que coloca em diálogo dança e filosofia.

Trançar memórias, criar histórias, reencantar futuros; procurar gestos e reflexões para guiar os sentidos. As palavras navegam por diversas superfícies, e, dessa vez, elas compõem a escrita de pensamentos-luminescências.

O Jogo é um texto, arquivo vital, transcriação reflexiva das ideias oriundas da voz; registro gráfico que realoca a biblioteca colonial para dar lugar às grafias das existências incapturáveis pelos modos hegemônicos de ser e do saber.

O Jogo capta a ideia de transmissão como ação interativa fecunda, produtora potencial de práticas coreográficas, e um convite para transformar invisibilidade em visibilidade possível.

O Jogo responde perguntas, mas é preciso saber fazê-las.

Para jogar: imagine, pergunte e leia, ou leia, pergunte e imagine.

O Jogo se compõe de sete naipes: Antes do valor, a relação; A dança com os pés na terra; Antecipando a rasteira colonial; Esfregar o corpo no mundo; Fuga; Tempo em trânsito; O que é vivo comunica.

São estas noções que emergem dos adensamentos conceituais, sociais e artísticos do nosso tempo que refazem e reeducam as tramas do senso comum. Habitar imaginários de criação e resistência é um gesto vital.

O Jogo está disponível em de duas maneiras, um arquivo com as cartas separadas e um PDF com as cartas em sequência.

Boa leitura!

Ana Pi e Maria Fernanda Novo

È𝑺𝑪𝑼𝑳𝑻𝑼𝑹𝑨

[ 𝟐𝟔.𝟎𝟗.𝟐𝟎𝟐𝟎 ] [ 𝒔𝒂𝒎𝒆𝒅𝒊] [ È𝑺𝑪𝑼𝑳𝑻𝑼𝑹𝑨 ]

MAC VAL Musée d’Art Contemporain du Val-de-Marne

À la lumière de ce temps qui impose de plus en plus de rigidité dans l’imaginaire collectif et restrictions sur l’affection, Ana Pi nous invite à réfléchir ensemble et convoquer activement le mouvement.

Provisoirement appelé « è𝓼𝓬𝓾𝓵𝓽𝓾𝓻𝓪 » cet essaie de matière est à l’étape primitive de l’idée, il s’anime par le désir de rendre délicat le geste de toucher à l’autre.

Dans le cadre de cette résidence artistique, DM#2, un exercice public de sa recherche sera partagé et activé au Vestibule du musée dans les respectifs horaires :

14h – « è𝓼𝓬𝓾𝓵𝓽𝓾𝓻𝓪 »

15h – « è𝓼𝓬𝓾𝓵𝓽𝓾𝓻𝓪 »

16h – « è𝓼𝓬𝓾𝓵𝓽𝓾𝓻𝓪 » + Visite fixe*, suivi d’un échange avec les personnes présentes

Dancing Museums : The Democracy of Beings

#DANCINGMUSEUMS

#LaBriqueterie

#MACVAL

@ana.pi.ana

Image: Iris Medeiros

INSTITUIÇÃO_INTUIÇÃO

Programa Convida | Ana Pi from IMS – Instituto Moreira Salles on Vimeo.

 

👩🏿‍🚀 – SALVE TIMELINE,
é com uma respiração densa que venho partilhar com vocês o meu novo trabalho « INSTITUIÇÃO_INTUIÇÃO ». O vídeo foi realizado para o programa #IMSCONVIDA – Instituto Moreira Salles – IMS durante esse tempo estranho de isolamento social, racismo-cínico, infodemia & fake news terrorism, sucateamento hospitalar e colapso do sistema capitalista.

Como não valia me explodir de gritar de ódio, eu tentei canalizar energias antagônicas e esculpir uma pedra-coração.

Aqui lá vai:
https://vimeo.com/429098109

🖤

E para se alimentar dos demais trabalhos
de artistas & coletivos radicalmente saudáveis:
https://ims.com.br/convida/

#IMSConvida
#IMSQuarentena 

@imoreirasalles
@institutomoreirasalles

@ana.pi.ana

 

 

Ecumenical Prize // 65th International Short Film Festival Oberhausen, 1 – 6 May 2019

Prize of the Ecumenical Jury

https://www.kurzfilmtage.de/en/festival/award-winners/

The jury, composed of Alexander Bothe, Friedrich Brandi, Dénes Nagy and Christine Ris, awarded your film – NoirBLUE displacements of a dance – with the following statement:

”The radiance of the sky that transcends all borders, the longing and melancholy of the space of night and day, and everything in between, are narrated by the bright blue; the physical challenge, beauty, elegance and suppression of the transformations by the blue dance; identity, home, home and tears by the voice from the blue depth of the heart. The film NoirBLUE – Deslocamentos de uma dança varies the poetic engagement with differences and variabilities by the phrase “I’m from all these places”, never moralising, always crossing bridges and connecting: leave the pain and injury of your ancestors behind, hope for the blessing of those who come after you; the blueness of love will transcend all boundaries when we are what we will be.”

COROA

 

COROA

( crown )

Through an extremely perpendicular dance, Ana Pi invites the audience to appreciate the firmness of a standing body; a body that defies gravity, the law of gravity that operates over all bodies, but also gravity that operates only on some bodies. The name of this dance is COROA (crown), but could also be called “plumb line”, “para-ray” or “vertex”, but it is COROA.

The crown here alludes to those of the folias, reisados and congados (Brazilian Black Diaspora cultures), this object that opened space for an entire community to reorganize their heads and continues to do it until now. The crown is also one side of the same coin, a long time ago called by ship, which decides, which determines the course of a future.

The dimension of prayer, this thin line that is placed between two hands is invoked by the vigorous movements of this dance belonging. The verticality of the dancing body here also celebrates the great circle of which it is a part, a great circle of living, ancestral, missing and invisible black bodies. The body is no longer one, there are umpteen and all those bodies are revered, temporalities overflow.

COROA activates various ideas of the black brazilian body image, more specifically of black brazilian women, in order to provoke complexity in this terrain of often limiting representations.

/////////////////////////////////////////////////////////////

MASTERING: Jideh High Elements

TECHNICAL MANAGER and PHOTOGRAPHIES: Palestina Israel

CONCEPTION, PRODUCTION and PERFORMANCE: Ana Pi

/////////////////////////////////////////////////////////////

PREMIÈRE : 4/7/18 – São Paulo

14a. VERBO mostra de performance arte / galeria VERMELHO

COROA na VERBO // 14a Mostra de Performance Arte // 4/7 galeria vermelho 20h30

Ana Pi
COROA
2018
Coreografia
150’
Através de uma dança extremamente perpendicular ao chão Ana Pi nos convida a apreciar a firmeza de um corpo de pé. Um corpo que desafia a gravidade, a gravidade da lei que opera sobre todos os corpos, mas também a gravidade que opera apenas sobre alguns.

O nome desta dança é COROA, poderia ser também fio de prumo ou pára-raio ou vértex, mas é COROA.

A coroa aqui faz alusão àquelas das folias, reisados e congados, objeto que deu passe para que toda uma comunidade desplantada pudesse reorganizar suas cabeças e que o faz até os dias de hoje. A coroa é também um dos lados de uma mesma moeda, em tempos remotos chamada de navio e que define, que decide, que determina os rumos de um futuro.

Os tesos movimentos dela, desta dança, convocam a dimensão da reza, desta linha fina que se coloca entre as duas palmas da mão. Linha que nos impõe ficcionar e acreditar, tornar, a partir daí, visível. A alta tensão é um estado permanente de corpo, vetor entre o ponto mais alto e o mais profundo, o ápice e a raiz.

A verticalidade do corpo que dança aqui também celebra a grande roda da qual ele faz parte, grande roda de corpos negros vivos, ancestrais, desaparecidos e invisíveis. Ana Pi gira ao infinito por si e por todos os outros, os reverencia e ora por tempos tenros. O seu corpo não é mais um, são vários, temporalidades transbordam.

COROA ativa várias idéias de imagem do corpo negro, mais especificamente das representações de mulheres negras, no intuito de provocar complexidade neste terreno de representações limitantes.

COROA é um desenho coreográfico circular para um espaço largo e chão liso. Cada uma de suas fases tem 30 minutos de duração, repetidas 5 vezes ao dia. Usa pigmentos em pó e há semi-nudez.


Apoio: Institut Français em Paris, Institut Français do Brasil e Consulado Geral da França em Sao Paulo.

Data, horário e local: quarta-feira, 4/7, das 20h30 às 23h, Sala 1, Galeria Vermelho.

verbo1verbo2

NoirBLUE filme // na UFMG

[DO IMPERATIVO CONTINUAR A MOVER COM DOR]

Essa foi a primeira vez que fiz algo em Belo Horizonte e que meu o meu pai não esteve na platéia sorrindo, embora o buscasse internamente nas cadeiras do auditório, continuei com ele no coração.

Ao lado desse meu coração que batia tão forte e que bate triste, o coração luminoso da minha adorada mãe Maria Aparecida Moura, dividindo comigo esse momento preto ainda tão raro, foi lindo ter conversado sobre cinema e vida, experimentado a UFMG com ela de mais uma nova forma. Te agradeço sempre muito mãe, que bom você estar aqui.

Agradeço ao Professor Eduardo de Jesus pelo convite de participar da sua disciplina na Formação Transversal em Direitos Humanos! Agradeço minha tia Mylia Mary por estar me dando tanto a mão nesse momento tão tenso. Minhas amigas Val, Iza e Terezinha por terem vindo me dar um cheiro. Agradeço ao Palex Israel por essas fotos preciosas, por ter me assistido tanto nesses processos fortes todos. É nós.
*
*
*
AGENDA POR VIR:

04 julho COROA (performance inédita)
na VERBO // São Paulo
*
21&22 julho CORPO FIRME (oficina)
no MASP // São Paulo
*
28 julho NoirBLUE (filme performance)
no instituto TOMIE OHTAKE // São Paulo
*
01&03 agosto NoirBLUE (filme performance)
no CCV // São Luís do Maranhão
*
em agosto, data a confirmar, NoirBLUE (filme)
em Belo Horizonte
*
23 agosto NoirBLUE (filme)
no TransIncorporados // no Rio de Janeiro

🍃💙🍃

35242194_10214294918540240_409462339251732480_n

FACE À TERRE // dans6t

En création de FACE À TERRE de Bouziane Bouteldja (cie Dans6t).
Répetitions au Théâtre Jean Villar de Vitry-sur-Seine et au Centre Chorégraphqie National de Belfort – Viadanse.

WhatsApp Image 2018-05-30 at 15.58.51

piece choregraphique pour deux danseurs et un chanteur

Direction artistique : Bouziane Bouteldja

Chorégraphie : Bouziane Bouteldja en collaboration avec Ana Pi

Chant : Bastien Picot

Musique : Arnaud Vernet Le Naun

Création lumière et scénographie : Cyril Leclerc

Création costumes : Mathilde Marie

Regard extérieur : Elsa Poissonnet

Collaboration artistique et production : Gilles Rondot (crédit photo)

Trans, cyborgs, avatars et gaming postcolonial // le 21 mars 2018 à 19h // Paris

rencontre

Afrocyberféminismes #2

https://gaite-lyrique.net/afrocyberfeminismes-2

afrocyberfeminismes

 

Cette séance aborde la question des corps technologisés, de la représentation online et dans les mondes virtuels et de la réappropriation du jeu vidéo pour proposer des contre-récits ou des gameplays alternatifs.

Conférences

Elsa Dorlin [FR] est professeure de philosophie politique et sociale à l’Université Paris 8. Elle a dirigé Black Feminism : anthologie du féminisme africain-américain, 1975-2000 et est co-autrice de Penser avec Donna Haraway. Elle lie la figure ironique du cyborg, détournée par Donna Haraway, au Black feminism.

Mehdi Derfoufi [FR] est chercheur, critique de cinéma, enseignant en études cinématographiques et game studies. Il travaille actuellement sur un ouvrage consacré au gaming postcolonial et fera découvrir une liste de jeux non-occidentaux.

Performance

Ana Pi [BR] artiste, danseuse contemporaine et chorégraphe brésilienne, chercheuse en danses urbaines. Sa performance NOIRBLUE (extrait de matière) s’inspire de son solo qui crée une navigation atlantique entre deux couleurs, la couleur noire de la peau et le pigment bleu outremer.